sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O CHEIRO DO CONHECIMENTO

Durante toda a minha infância e adolescência eu colecionei revistas em quadrinhos.Toda vez que eu comprava uma nova revistinha do Capitão América,Homem Aranha,hulk ou Batman,a primeira coisa que eu fazia era abrir a revista bem no meio e enfiar o nariz para sentir aquele cheiro delicioso de papel fresquinho.Como eu gostava daquele cheirinho!Só depois é que eu mergulhava na leitura das estórias.
Depois de adulto toda vez que eu comprava um livro novo,abria ele bem no meio e sentia aquele cheiro delicioso de papel fresquinho.Ainda hoje todo mês quando minha revista SUPERINTERESSANTE chega,eu gosto de sentir o cheirinho do papel.
Estou falando isso,pois,quero dizer que sou totalmente contra o tal do livro eletrônico, o Kindle.Tenho certeza que as pessoas que realmente amam os livros,aquele cheirinho de papel fresquinho,o cheirinho do conhecimento,jamais sentirão prazer em ter em suas mãos uma máquina fria e inodora.Jamais sentirão prazer em ler um Graciliano Ramos digitalizado,ou um José Saramago,ou um Milan kundera.Não conseguirão nem rir das maravilhosas comédias do Luiz Fernando Veríssimo
Não,existem prazeres que não podem jamais serem substituídos.Como o prazer de sair de casa especialmente pra comprar um livro,chegar na livraria fuçar as prateleiras,ver os títulos,as capas,senti-los nas mãos,e é claro,o cheiro,o maravilhoso cheiro do conhecimento emanando de suas páginas.

Quero deixar bem claro que eu não sou um fanático ferrenho totalmente contra as novas tecnologias,se eu fosse,nem estaria aqui escrevendo estas linhas.Só quero dizer que enquanto existir uma livraria com as portas abertas,ou uma banca de jornal
esquecida em alguma praça da cidade,lá estarei eu fuçando as prateleiras,vendo os títulos,as cores,as capas,sentindo o maravilhoso cheiro do conhecimento.

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